Poesia

A flor e seu amor


No seio da mata
Uma flor surge respira
Abre suas pétalas

Pinta-se de sonhos...
Aos raios de um distante
Sol! Presa ao lápis

Que a desenhou.
Chama a mão do pintor
Em vão... Ao partir

Com pranto nos lábios
Dele ouviu a flor – tombando-
“Talvez noutra vida!”

Lembra quando era
Só um rabisco na página
Uma flor sem cor

A alma em fogo
Arquejava pelo amor.
Ele veio noite

Adentro! Senhor
De seus beijos de seu olhar!
A alma ansiando

Ser inteira dele.
Sorriu nas pétalas simples
Bêbada de amor!

Agora... na mata
Seca expira quer ser pó-
Dentro de seu livro!

(Antologia 55)

Teresa C C de Sousa Teresa C C de Sousa Autor
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