Poesia

Carne

Carne

Carne que mastigo
Carne que abraço
Carne que mordo
Ou que arranco pedaço.

Carne vermelha, branca ou leve
Carne que cobre coberta de melanina
Que range no grito de greve
Carne sintética, de hormônios e resina.

Entre na fila do mercado
Escolha da melhor um quarto
Prossiga com quilos este fardo,
De veias não espere que fique farto.

Corre a carne que é feita de mim,
Que corra eu feito de carne
Não se rasgue da alma o charme,
E que sangre o sangue enfim.
Oliveira A.

Rogério De O A Rogério De O A Autor
Envie por e-mail
Denuncie