Poesia

DELÍRIO

Lina Ramos.

Ontem quando entrei na dança
Pareciam meus tempos de criança.
Casais ao meu redor trocavam de par.
Eu para não ficar de fora,
Enquanto esperava por você,
Sem nenhuma garantia que vinhas,
Ali como quem não queria,
Comecei a balançar.
A música alegre,
Mas eu não sabia cantar.
Ciranda não era
Aquela, eu sabia de cor.
Nos tempos de criança
Em noites enluaradas,
A alegria era tanta
Que nem do luar eu lembrava:
- Motivo de estar no terreiro-
Adultos conversavam
Histórias do dia a dia;
Criança por mais arteira,
Não entenderia.
O bom continuara.
Quase na minha vez de receber o anel
Alguém ao meu lado falou...
Acordada?
Não vou incomodar.
Trago recomendações
Pra lhe deixar relaxar.



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