Poesia

Sem título

Sem título

Estou desesperado
Nesta cama que aumenta minha tragédia
O quarto consome minhas forças sem carnavais
Meu corpo é abandono no seio familiar
Meu rosto cobre aflições
Estou coberto num mundo de vagarosidade
Não me ligaram, não levantei cedo
Minhas mordaças estão abrindo vagas no Matadouro
Eu berro menos que a tourada
Mas eu compenso que a rua invade meu cérebro
Estou envenenado pela mansidão
Quero estar num céu de implosões imediatas
Seja qual for meu pecado minha moradia
Vai ser nos confins do caso assassinado
Estou realmente não sendo eu
Aleluia para o casal patético
Agora respondo com audácia a esses tremores
Que me fazem ficar dócil, evasivo e responsável
Me incrimino
De forma tão honesta e profunda

Bruno Baker Bruno Baker Autor
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