Poesia

PARA MINHA NÃO-AMADA

PARA MINHA NÃO-AMADA


Deixo de analisar calmamente
Olho devagar sem mexer na eternidade
Suas mãos demoram no absurdo
Minha pateticidade voa sem transmitir
A noite que invade a tua vastidão
Serei indisposto e violento no desastre
Que o dia não seja senso
Que os ventos curvem a esperança cólica
O amor derrete impressões verdadeiras
E o falso absoluto como metida modernidade
Me politiza, mas não a quero
Apenas colabora com o impacto pequeno
De minha conservação
E vejo na dor a sintonia do ar tímido
Agora vou deitar em faixas fadigas
E treinar para os obstáculos engolidos
De baixo a cima

Bruno Baker Bruno Baker Autor
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