Poesia

Morte Necessária

Morte Necessária
Toda a minha solidão se transformou em tristeza.
A minha solidão em silêncio,
a minha existência em desespero...
A noite escura calou-se
e gritaram em desespero as estrelas.
O meu olhar se fez úmido, fixo e morto.
O meu corpo era todo sepultamento...
Os meus pensamentos eram tristes...
Eram tão tristes meus pensamentos...
A minha alma procurou alento,
procurou ser tudo, procurou mar e vento,
mas a noite lúgubre havia levado tudo...
havia levado meu mundo uma alma escura
e vi meu corpo cair num firmamento...
Os corvos, tristemente,olhavam sabendo
que meu corpo caia e caia porque estava morrendo...
E a morte, lá em baixo, me esperava orgulhosa e falava:
Cai filho, cai meu dileto filho...
despedi-me de ti quando tú daqui saíste,
mas agora abro-te as portas.

Luís Carlos Luís Carlos Autor
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