Poesia

sem título

sem título

Através da minha outra metade
Separo ossos e berços de ouro
Nasci prematuramente de um organismo
Que se sustenta pela nitidez
Sou um artefato promíscuo
Vejo a criação delinquente
Após um aborto
Após um longo acerto
Minha nuca são minhas costas marítimas
Meus cabelos são rios-fossas
E estou aqui provando
O corpo exausto
O corpo metido
A consciência
A frieza
Um ultimato

Bruno Baker Bruno Baker Autor
Envie por e-mail
Denuncie