Poesia

Medo

Recolho medos
e moldo o barro da coragem
que reage. Em segredo
pois não é fácil ser arrojado
A valentia tem seus lampejos
mas é corrida de resistência,
mais que o instante. É uma meta,
meio inquieta, meio inconstante
uma descoberta, feito a ciência
Todo covarde dorme mais cedo
(olha eu aqui, com meus segredos)
mas vara a noite, quando se arde
no fogo cru da experiência
Junto meus medos, sem muito alarde
queda após queda, susto após susto
me reconstruo pedra por pedra
e a muito custo me torno Pedro
com uma coragem feita de medos







Pedro L R Pereira Pedro L R Pereira Autor
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