Poesia

Morto, mas vivendo!

Não digas que não amei,
não digas que não tentei,
não digas que não achei,
amor em mim.

Refleti durante noites em claro,
nosso amor, nosso viver!
Em delírios tive a certeza,
que finalmente eu tinha começado a viver.

Sim, comecei a viver quando te conheci,
e morri quando te perdi.
Agora é negro o meu futuro,
pois jaz eu morto entre os vivos.

Triste entre os felizes,
doente entre os saudáveis.
Morto, mas vivendo!
Morto, tendo que viver.

Se algo ainda me alegra,
são tuas amostras de amor,
que povoam as minhas lembranças.
E abrem caminhos de dor.

Ai amor, eu não queria ter te conhecido.
Eu não queria ter nascido,
eu teria sido mais feliz em não nascer,
do que em nascer, te conhecer e te perder.

Mate-me a vida restante agora,
um pensamento insano me invade nessa noite.
O inferno seria melhor,
do que uma vida sem você.

Ontem saí correndo,
em direção ao bosque que expressa solidão.
Procurei ao menos encontrar-te,
numa folha,
ou no orvalho lindo de amor.

Ai amor, eu te odeio de tanto que te amo.
Te admiro do tanto que te quero.

Vagarei eternamente na ausência do teu olhar.
Talvez então,
a lembrança que tenho de ti,
me dê forças para pelo menos continuar a vagar na escuridão.

Werton, 28/02/2011 - 01:03hs

Werton Fonseca Werton Fonseca Autor
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