Poesia

Eternos Domingos

Eternos Domingos

Ah! se os domingos não terminassem
e espantassem a tristeza com as nota doces de um fole
para que as segundas morressem
e só domingos restassem,
eternamente domingos, que no apagar do candeeiro
continuassem tocando pra animar o fim das feiras
Domingos bem sertanejos, tão simplesmente domingos
Domingos de alegria, de forró no pé de serra,
cantando o seco da terra, botando o povo em folia
Domingos cabra da peste, nordestino de vergonha
Ah, infinitos domingos...
Melhor tomar mais um gole, pois só assim eu me vingo
das segundas que praguejam para secar os teus pingos
que soam todos os dias no ronco de uma sanfona




Pedro L R Pereira Pedro L R Pereira Autor
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