Poesia

JOÃO DE BARRO

JOÃO DE BARRO

João de barro, constroi
Sonha, canta, encanta
Espinhado no mandacaru!
João de barro
Arquiteta a sala.
Agora o ninho
psicodélico e inquieto
agora o teto.
porta aberta ao nascente
Bicho sente, perigo
traição sem perdão,
sinal de alerta...
ecoa canto nostálgico,
cruel, impiedoso,
joão não perdoa,
companheira traidora,
tapume imediato
fecha, tranca, mata
a pobre avezinha
fica presa, sozinha
...e nunca mais vai cantar.

Valmira Cabral/Março 2012

Valmira P Cabral Valmira P Cabral Autor
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