Poesia

Efêmero

Efêmero

A Taís Aragão
(In Memoriam)

Estranho
Tal qual folha de estanho
No castanho
E delicioso chocolate
Colar-te-ei
Em minha alma questionadora de minha alma
Enquanto aqui, ali, acolá
A colar pedacinhos de essência
Da existência que já não há

Ave agoirenta
Sedenta de sede cuja água é incapaz de aplacar
Cá entre nós os nós de marinheiros guerreiros
Meninos matreiros sem eira nem beira
Queimando fagueiros
Fogueiras obscenas da inquisição

Em que seção (E que sessão!)
Daquele pedacinho de vida
Arquitetou-se destruição?

Ajosé Fontinelle Ajosé Fontinelle Autor
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