Poesia

Banquinho

Na minha rua tinha um banco
Onde todos sentavam
Ele foi diferente, seu extrato não bancário
Saldo de alegria, transferência de sorrisos

Na minha rua tinha um banco
Onde surgia varias histórias
Verdadeiras, inventadas ou loucas
Acontecia coisas que só ele sabia
Imagino, se ele tivesse boca
O que ele falaria

Na minha rua tinha um banco
Que ficava na sombra da figueira
Sentado sobre ele, organizavámos
travessuras, esquemas e brincadeiras

As pessoas saíram, ele ficou esquecido
O tempo passou, ocasialmente ficava preto e branco
Até que sobraram essas palavras
Na minha rua tinha um banco.

Netão Ribeiro Netão Ribeiro Autor
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