Poesia

A abelha de Salvador Dalí

Por inóspitos caminhos deslizou
suas pernas cansadas
sob o sol de estio.

Entre relvas e ervas descansou,
no torpor envolvente a imaginar,
que da ampla seara ao se deitar,
desgastada das regras da razão,
voariam os deuses da imagem
numa nesga de errônea devoção,
onde tigres ferozes não mordiam
ante a dança profana surreal,
já que a abelha,
(rainha magistral)
sem saber que do mel tudo podia,
realçava a beleza e a poesia
de Dalí em sua tela genial.

Nathan Sousa Nathan Sousa Autor
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