Poesia

MADRUGADA

MADRUGADA

Nessas horas silenciosas
De fatídicos ais e de mistérios
Revelam-se amores
E de formas manhosas
Sem escolha de critérios
Muitos sonhos e dores.

São instantes de solidão
De euforia, de nostalgia
De parar o coração
Para pensar ou para
Simplesmente, amar.

É tempo para ter tempo
De ir, de vir, de refletir
De se convencer
E reconhecer
Que a vida é
Dada para viver.

É nessa surdina
Que se desatina
E se cria e se faz criar
E se faz amar, odiar
Tecer artimanhas
E outras façanhas.

Madrugada é amiga
Ou mesmo adversária
Par perfeito dos amantes
Dos poetas é fiel
Mas às vezes é cruel
Em suas horas inconstantes.

É na madrugada
Que se mesclam, se mostram
Emoções reais, surreais
De momentos vividos
Enternecidos,
Resguardados no âmago
Mais profundo
De quem viu, sentiu
E realmente viveu
As emoções do conhecer
E ser conhecida
E daí ser lembrada
Até o fim...da vida.

Adriana F Farias Adriana F Farias Autor
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