Poesia

Lúbricos desejos

Lúbricos desejos

E o que pensam mais eu num sei
os fúnebres neurôios meus,
da matéria, em meio a dor.

Absorvei! oh! fúnebres neurônios
esses versos que me tocam
soprados do alto da serra,
sob o luar, pelos galhos secos,
que o estalo do galho que quebra
é clamor dum poeta sem lira,
que um tanto angustiado
clama por uma virgem dos lábios de mel.

E em meio, no alto da serra ao relento
lá estão os galhos secos,
é o poeta por pensamento,
mas em mar bravio derivando,
e afogando-se em versos sem rimas,
e o poeta lima,
seus versos,
palavras infindas,
...sem rimas.

Pois os galhos secos ao luar no alto da serra
nada mais são que o clamor dos desejos meus!

(MarcielBP, Piripiri 05/05/2000)

Marciel B Pereira Marciel B Pereira Autor
Envie por e-mail
Denuncie